No espaço de um abraço

Com você eu me sinto tão exposta. O meu melhor e o meu pior já não são novidades para os seus olhos. E por falar em olhos, é impressionante o quanto os seus ainda me afetam. É como se você pudesse me tocar enquanto me olha. E eu que sempre odiei ser vulnerável a qualquer pessoa, acabo por me render. As minhas bochechas coram, saio tropeçando em qualquer coisa e o mais tristemente inevitável, acabo olhando pra você. E é nesse exato momento que o meu coração aperta, minha respiração falha e um sorriso sem sentindo aparece em meus lábios. Por que eu tive que sorrir? Isso te dá o direito incontestável de sorrir também. E quando você o faz ai mesmo que eu me perco. É como se o seu sorriso fosse a liberdade para os meus sentimentos. E rodopiando eles vão até você, te pegam pela mão e o trazem para perto de mim. Não há palavras que possam ser ditas, o necessário precisa apenas ser sentido. Então, eu fecho meus olhos. Eu deixo que desta vez, o meu coração me mostre aonde ir. Eu não sabia o quão próximo você estava até o momento em que você me abraçou. E foi nesse aconchego que eu percebi o quanto o caminho para felicidade pode ser curto. Se seguirmos o nosso coração, ele pode caber no espaço de um abraço.